Os desafios para a criatividade digital

· por Redacción
creatividad digital

Na era digital, a criatividade é um elemento-chave para a competitividade das empresas. Segundo o World Economic Forum, a criatividade digital tornou-se o segundo aspeto mais relevante no que diz respeito às capacidades que as empresas devem adquirir. A consultora McKinsey garante, entretanto, que as empresas com o maior índice criativo estão 67% acima, relativamente à concorrência, no que toca ao crescimento orgânico de receitas. Mas a criatividade, que costumava referir-se à atividade publicitária no contexto dos anúncios de televisão, hoje tem de ser uma capacidade inerente a todas as empresas e a todas as suas atividades.

“Criativo” deixou de ser um termo que se refere àqueles que criam anúncios. As empresas exigem cada vez mais criatividade para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo contexto digital. Para isso, é necessário enfrentar mudanças em campos tão diferentes como:

  • Organização interna
  • Estilo de liderança
  • Gestão de processos

A indústria da publicidade também teve que aplicar a sua criatividade não apenas na criação de anúncios, mas também na procura de novos formatos de comunicação que fossem capazes de reagir face ao esgotamento do modelo de publicidade focado em anúncios televisivos.

Como apostar na criatividade digital

No entanto, vemos muitas vezes como, no mundo online, os antigos paradigmas da publicidade tradicional ainda são usados de forma invasiva e unidirecional. Isto apesar de continuamente aparecerem novos formatos, como, por exemplo, o branded content, que exploram as possibilidades do meio online, proporcionando maior valor e contribuindo para melhorar a experiência do utilizador.

A criatividade digital do futuro terá a ver com a contextualização das mensagens, que serão adaptadas aos lugares e necessidades das pessoas em cada momento. Como mencionado, grande parte da comunicação digital de hoje ainda é muito invasiva e é, portanto, mal recebida por um público, como os Millennials, que tolera cada vez menos que lhe digam o que pensar ou comprar. A publicidade tradicional procurou gerar notoriedade, mas hoje é mais necessário ser relevante do que notório. A notoriedade é necessária às vezes, mas, sem relevância, consegue-se, no máximo, uma transação e nunca uma relação. E já dissemos muitas vezes que o desafio atual das empresas é o de construir relações que vão além das transações. Venda sim, mas não a qualquer preço.

As empresas devem compreender que a criatividade tem que estar implícita em todos os processos para conseguirem enfrentar os desafios da era da digitalização: a múltipla concorrência que vem de outros setores; os modelos de negócio que se tornam obsoletos; a dificuldade em chegar às pessoas; a necessidade de novos estilos de liderança e a falta de organização nas empresas.

Por tudo isto, a era digital exige altas doses de criatividade!

A criatividade é, portanto, essencial para empresas e marcas. Mas é preciso entendê-la como uma oportunidade para inovar em tudo o que fazemos: desde o próprio modelo da empresa, passando pelos formatos de comunicação e pelo papel social destes na relação entre as pessoas e as marcas.

Razoável